Você já pensou em iniciar um projeto do zero, num quartinho no fundo da sua casa, e decolar tão longe no período de dois a três anos?
Pois foi isso que aconteceu com Caroline Francisco, fundadora do canal Jovens na Bolsa, que leva educação financeira para jovens e adultos de todo o Brasil.
Caroline, mais conhecida como, Carol, iniciou sua vida de investidora em 2017 e, desde então, não parou mais.
Dessa maneira, ela fez diversos cursos e se dedicou intensamente para alcançar resultados com investimentos.
No início dessa trajetória, Carol percebeu que o acesso às informações eram precários e que as pessoas necessitavam aprender sobre educação financeira.
Com essa percepção, nasceu o Jovens na Bolsa (JNB), que em apenas três anos já ultrapassou mais de 6 milhões de visualizações no canal do YouTube, mais de 240 mil inscritos e mais de 1.400 alunos nos treinamentos pagos.
Dessa forma, Carol contou com exclusividade ao Pixeld News, oito dicas que valem ouro e que foram aplicadas no crescimento do seu canal.
Caroline na produção de seus vídeos para o canal Jovens na Bolsa.
1. Você não precisa de muitos recursos
Caroline é a prova viva de que não é necessário muito dinheiro ou muitos equipamentos para iniciar o seu canal.
De acordo com a investidora, ela iniciou o JNB do total zero e investindo pouco, apenas o básico para gravar e fazer a iluminação.
Na verdade, até hoje ela afirma não ter um grande estúdio, uma super luz e equipamentos top de linha.
Mesmo tendo alcançado um outro patamar da empresa, eles ainda conseguem produzir vídeos de alta qualidade e, ainda assim, não gastar muito.
Então o que é necessário para iniciar?
Todo o início de Caroline ocorreu dentro de um quartinho no fundo da casa, que não cabia muita coisa. Logo, ela foi se virando com o que tinha.
Quando o JNB iniciou, a investidora tinha apenas um iPhone 7 usado – que posteriormente foi trocado por uma câmera Canon, que custou R$ 3.200; uma luz usada, que havia custado R$ 60; e um microfone comprado no Mercado Livre por R$ 100 – que é utilizado até hoje nas gravações.
A câmera Canon é utilizada até hoje para as gravações dos podcasts.
Por fim, ela ressalta a importância de um editor de vídeos:
Eu acho que vale muito. Você vai ganhar tempo e vai conseguir resultados mais rápidos, já que haverá alguém te ajudando enquanto você está focado na produção de conteúdo e nas gravações.
Caroline diz que encontrou esse profissional no Workana, e lá é possível encontrar pessoas que cobram entre R$ 50 e R$ 80 reais por vídeo. É uma edição simples e que faz toda a diferença.
A investidora faz questão de relembrar que todo esse pequeno investimento feito volta para você assim que o seu canal estiver monetizando e ganhando escala – além do mais, o YouTube paga em dólar, o que torna o retorno ainda mais interessante.
2. Seja autoridade no assunto
De nada adianta montar um canal no YouTube sobre algo que você não gosta, não domina e não tem um certo conhecimento.
Quando Carol iniciou o seu canal, estava estudando ativamente sobre finanças há dois anos. Isso foi fundamental para que ela passasse confiança para as pessoas que a assistiam.
Se você não conseguir passar uma confiança no vídeo, vai ser difícil cativar o público. Sendo assim, procure estudar, se aprofundar e beber das melhores fontes de informação possíveis.
Skin in the game
Outra questão que se junta muito à autoridade é o que, no meio dos investimentos, chama-se “skin in the game” (pele em risco), que é passar para as pessoas algo que já foi testado por você e que os resultados já foram colhidos.
Essa prática, de abrir o coração e contar o que te ajudou na realidade a alcançar seus objetivos, demonstra uma transparência que cativa as pessoas e gera confiança.
Caroline abusa dessa técnica em seus vídeos e tem certeza que foi isso que ajudou muitas pessoas a não só assistirem a seus conteúdos, como também indicá-los a outras pessoas.
3. Seja consistente
Esta dica é essencial para o seu sucesso. É necessário que você consiga produzir pelo menos dois vídeos por semana no YouTube – ou seja, oito vídeos por mês –, por, no mínimo do mínimo, seis meses.
Pode ser que, após esses seis meses, você já consiga monetizar o seu canal – com exceção de alguns nichos que são de engajamento mais difícil.
No entanto, ainda assim, em no máximo um ano, com consistência, você consegue alcançar o objetivo.
De acordo com Caroline:
A consistência é mais importante do que a intensidade. Não adianta em um mês você gravar e no outro você sumir, isso desanima. Tem que ter essa consistência.
Dica bônus: utilize o Trello para organizar esse conteúdo. A equipe do JNB usa essa plataforma de forma a todos os envolvidos no YouTube terem acesso a ela. Assim, organiza-se os roteiros, o cronograma de vídeos etc.
4. Utilize o Google Trends
A ferramenta Google Trends pode te ajudar a entender quais são os assuntos mais buscados no seu nicho.
No caso de Caroline, em que o nicho é o de finanças, é necessário sempre olhar e ver o assunto que mais está sendo buscado, como previdência privada, bitcoin, ações, fundos imobiliários, tesouro direto e afins.
Tudo isso é possível encontrar por meio da ferramenta Google Trends.
5. Tenha thumbs chamativas
Não adianta você ter um vídeo fenomenal, com um super roteiro, com uma edição impecável, se a thumb é ruim.
Dessa maneira, não tenha dó de pagar um designer que te ajude nessa missão.
Hoje em dia é possível encontrar designers iniciantes que cobram R$ 25 pelo serviço – o que é um ótimo investimento, tendo em vista que a thumb é o cartão de visita do seu vídeo, se ela não for chamativa, isso desacelerará o crescimento do seu canal.
Thumbs do canal Jovens na Bolsa
6. Não tenha medo das hashtags
Na descrição do vídeo do YouTube, é permitido colocar até três hashtags. Utilize-as.
Caroline diz que sempre utiliza as três hashtags ao final da descrição, contendo os principais assuntos daquele vídeo em específico.
Essas hashtags podem ajudar muito a melhorar o seu vídeo na busca do YouTube quando alguém estiver procurando por algo relacionado àquele tema.
7. Coloque link na descrição
Esta dica é extremamente importante, principalmente para quem está começando agora: coloque link na descrição.
Às vezes, a pessoa que assistiu ao vídeo e gostou quer se aprofundar ou até mesmo comprar algum produto seu, e ela procurará essas informações na descrição.
Nos vídeos do JNB sempre há as descrições com diversos links, direcionando o espectador ao e-book gratuito, aos cursos, às redes sociais e outros canais disponíveis.
Sempre aproveitando o espaço da descrição, para não correr o risco de estar deixando dinheiro na mesa.
8. De olho na headline
A última dica é bastante importante: escolha bem a sua headline.
Caroline diz que está sempre olhando o canal dos concorrentes, assim ela vai entendendo quais são os melhores vídeos para aquele tema que ela irá produzir e observa quais são as palavras-chave de cada vídeo.
Logo, a dica é que você estude o canal dos seus concorrentes, canais que já são maiores e mais notórios e estude os vídeos que conseguiram um alto alcance.
Por exemplo, no canal do JNB, com um único vídeo eles conseguiram ultrapassar 1 milhão de visualizações.
Assim, depois eles fizeram um estudo para entender o porquê de esse vídeo ter alcançado tantas pessoas e perceberam que foi um mix de atenção com a headline, de buscar outros canais de inspiração e notar os títulos utilizados para usar palavras-chave parecidas, também, em seus vídeos.
Com essas oito dicas, com certeza você já conseguirá deslanchar o seu canal do YouTube!
Além disso, Caroline recomenda que, caso você queira se aprofundar, pesquise sobre SEO para YouTube, otimização dos mecanismos de busca e sempre ajuste os seus vídeos para que estejam cada vez melhores.
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