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Como a Copa do Mundo pode ajudar ou atrapalhar as suas vendas no digital

Enquanto produtores digitais enfrentam desafios durante os jogos mundiais, especialistas veem oportunidades para os diferentes mercados

Se até Galvão Bueno já começou a pintar as ruas com as cores do Brasil, na expectativa para o início da Copa do Mundo, imagine como estão os ânimos do povo brasileiro, que adora um motivo para celebrar e se reunir com amigos e familiares.

Que as Lojas Americanas, Casas Bahia e Mercado Livre vão lucrar muito com a Copa este ano, não temos dúvidas. TVs, itens da Seleção e alimentos para os dias de jogos devem encabeçar a lista de mais vendidos.

Mas e como ficam as empresas que não vendem nada relacionado ao mundial e à seleção? Seria momento de dar uma pausa nos lançamentos de cursos e treinamentos online, por exemplo, ou há oportunidades para todos?

O Google fez uma pesquisa com seus usuários para identificar o comportamento das pessoas durante grandes eventos, como a Copa do Mundo. O objetivo é ajudar empresas a entenderem o público consumidor, para promover ações de marketing efetivas, durante o período que envolve a competição mundial.

Existe uma certa demanda reprimida pela Copa, pelo fato de ser no segundo semestre, ou seja, mais tarde do que estamos acostumados, e por acontecer no momento pós-pandemia. A Copa acaba trazendo uma ideia de a vida retomando o ritmo normal – aponta Gleidys Salvanha, diretora de negócios de varejo do Google Brasil.

 

Como os consumidores se comportam em ano de Copa do Mundo

As datas comemorativas e os grandes eventos costumam movimentar a vida das pessoas, promovendo uma ótima oportunidade para o comércio de varejo, como a todos que sabem aproveitar essas temáticas para adaptar seu plano de marketing e usufruir do momento oportuno para vender mais.

Muitas empresas veem a Copa do Mundo como um desafio, já que os olhos dos consumidores estarão voltados para o evento esportivo, trazendo dificuldades para continuar lucrando com infoprodutos e outros negócios digitais. Para encarar esses desafios as empresas devem reinventar suas estratégias para continuar atraindo o público durante os jogos.

Na semana passada, o videocast do Google, Commerce Connections On Air, recebeu dois especialistas da casa, Antonella Weyler, de Insights para Varejo, e Cauê Rodrigues, de Insights para Bens de Consumo, para debater o tema “Como sua marca pode jogar junto com o torcedor brasileiro?”.

Na ocasião, os profissionais apresentaram dados de uma pesquisa interna e deram importantes dicas sobre como a Copa do Mundo pode ajudar marcas a venderem mais, mesmo que atuem em nichos que não conversam diretamente com o evento futebolístico.

Segundo a pesquisa, existem 3 diferentes perfis de público:

  • Fanático: aquele que se conecta com tudo o que envolve a Copa do Mundo, incluindo viagens para assistir aos jogos;
  • Entusiasta: acompanha os jogos de perto, mas não vive intensamente como se fosse um fanático e, normalmente, é o anfitrião da casa que reúne amigos e familiares para acompanhar a Copa;
  • Casual: se conecta à Copa do Mundo nas vésperas e, provavelmente, precisa de pessoas dos outros perfis para ficar por dentro do assunto.

De acordo com Cauê, a maioria dos brasileiros se enquadram no perfil casual. Eles se conectam fortemente com a competição, porém, semanas antes dela começar, já que possuem outras prioridades e deixam para focar nesse tipo de entretenimento na última hora.

O Brasil é muito grande, então o entretenimento não é para todo mundo. A grande maioria da população se considera casual. Os entusiastas acabam sendo o segundo tipo de público e os fanáticos são uma pequena minoria – explicou Rodrigues.

Apesar de estarem em menor quantidade, os fanáticos se equivalem aos entusiastas quando o assunto é o quanto eles buscam por futebol no Google, fazendo com que ambos os perfis tenham relevância equivalente.

 


Momentos de consumo

Torcedores se reúnem para assistir aos jogos da Copa do Mundo

Depois de conhecer o perfil dos brasileiros, o Google também apresentou informações que mostram os diferentes momentos de consumo das pessoas, os quais as empresas devem se atentar ao planejarem a divulgação de seus produtos ou serviços.

É importante entender quais categorias tendem a despertar mais ou menos interesse, para que as marcas possam se preparar. Acreditamos que, neste ano, por conta da Black Friday, a tendência é que os anunciantes antecipem seus investimentos comerciais que, nos anos anteriores, eram geralmente concentrados no fim de semana da Black Friday – explica a diretora do Google, Gleidys Salvanha.

Confira como se comportam os consumidores no período que antecede a realização da Copa do Mundo, durante o evento e pós-jogos.

Preparando a casa: aqui, o foco está na comercialização de produtos eletrônicos, após pesquisarem os preços, ainda no início do primeiro semestre. As pessoas usam a competição mundial para trocar seus televisores ou outros equipamentos, como aparelhos de som, celulares, computadores e móveis.

Entrando no clima: nesta etapa da jornada, o público começa a avaliar seus planos de internet, adquirir camisa da Seleção e outros artigos esportivos e de decoração, como bandeiras e acessórios.

Celebrando: este é o momento das compras de alimentos e bebidas, os quais serão consumidos enquanto o público assiste aos jogos com familiares e amigos.

A diretora do Google acrescenta que, este ano, o público consumidor deverá levar em conta a pesquisa de preços e produtos no ambiente digital, antes de fecharem o carrinho e efetivarem suas compras.

Esse comportamento se tornou um hábito comum durante a pandemia, fazendo com que 44% das pessoas trocassem de marca durante o período. Dessa forma, Gleidys sugere que as empresas estejam preparadas para esse consumo mais atento e digitalizado:

Como todas as lojas estão abertas e há esse maior comportamento digital, há volume maior de oferta, o que traz um desafio. Os consumidores estão visitando mais sites e lojas, buscando preços e procurando muitas informações no Google, antes de fazer compras – revela.

 

Influências da Copa do Mundo nas compras online

As empresas do ramo digital poderão enfrentar diversos desafios durante a Copa do Mundo, levando a uma diminuição das vendas. Uma das principais dificuldades está na elevação dos custos dos anúncios digitais, ocasionada pela alta demanda do comércio de varejo.

Apesar disso, quem trabalha com produtos digitais, os quais não têm relação direta com eventos de entretenimento, como a Copa do Mundo, por exemplo, também poderá se beneficiar da celebração esportiva para vender.

De acordo com Antonella, o empreendedor deverá focar as atenções em pontos onde a marca tem relação com o evento esportivo. Por exemplo, que lugar sua marca irá ocupar na Copa do Mundo e em qual espaço ela terá propriedade para falar sobre o assunto. Diante disso, a especialista apresentou outras ferramentas que poderão auxiliar na estratégia das empresas.

Uma das indicações de Antonella foi o Google Trends, que possibilita analisar as principais buscas em diversas categorias. Com essas informações, as empresas poderão usar a criatividade para construir campanhas mais assertivas e genuínas para seus públicos.

Outro ponto relevante a ser analisado é o período em que esta edição da Copa do Mundo será realizado, já que o comportamento das pessoas é diferente em cada estação do ano. Este ano o evento ocorrerá durante o verão, quando, normalmente, os jogos acontecem no inverno, entre os meses de junho e julho.

Talvez, olhar um pouco para o Carnaval pode ser uma boa dica para entender como o brasileiro deve se comportar. Eu acho que o consumo vai aumentar porque não vai estar tão frio – disse Cauê.

Para Antonella, o momento pede que marcas ajudem no fortalecimento de encontros pessoais, já que 86% do público tem a intenção de assistir aos jogos com amigos e familiares e anseiam pelos reencontros que, nos últimos anos, foram impedidos pela pandemia.

É um momento de festa, de celebração, de todo mundo junto, então como não olhar para isso tudo em um verão, que ajuda esses encontros, seja dentro ou fora de casa. Acho que as marcas podem ajudar a fortalecer esses vínculos e encontros – finaliza Weyler.

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