Com as incertezas crescentes sobre a saúde futura da economia, quase 30% dos maiores anunciantes do mundo planejam cortar orçamentos de anúncios em 2023, de acordo com uma nova pesquisa da Federação Mundial de Anunciantes (WFA) e Ebiquity.
Aproximadamente a mesma porcentagem disse que planeja aumentar os orçamentos, enquanto o restante dos entrevistados, cerca de 40%, indicou que seus orçamentos permanecerão estáveis no próximo ano em relação a 2022.
O estudo é baseado em uma pesquisa com 43 empresas multinacionais. A amostra incluiu cinco dos 10 maiores anunciantes do mundo por gastos, que coletivamente investem mais de US$ 44 bilhões em publicidade.
Variação por região
Esse estudo encontrou algumas diferenças dessa porcentagem por região.
Por exemplo, na Europa, Oriente Médio e África há mais evidências de corte, se comparados a Ásia-Pacífico. No primeiro grupo, 1/3 dos entrevistados concorda que pode haver uma diminuição significativa (mais de 10%) ou leve (0-10%) no próximo ano, em comparação com 30% que planejam um pequeno aumento nos gastos. Por outro lado, no segundo grupo, apenas 15% prevêem uma pequena queda, enquanto 35% planejam um pequeno aumento.
Na América do Norte, uma pluralidade de entrevistados – 44% – indicou que os orçamentos seriam estáveis em suas empresas no próximo ano. Cerca de um terço prevê um aumento de até 10%, enquanto 3% disseram que suas empresas planejam aumentos superiores a 10%.
Marketing tradicional x Marketing digital
De acordo com o estudo, há também uma mudança nos dados quando se trata de mídia tradicional (offline) para a digital.
42% disseram que seus gastos com o digital aumentarão, com a mídia offline, como TV, rádio, impressão e outdoor, provavelmente sendo prejudicada. Quase metade dos entrevistados planeja cortar o investimento off-line e um quarto deseja fazer um corte significativo (de mais de 10%) nos gastos com impressão.
Vinte e oito por cento dos entrevistados dizem que procurarão aumentar o desempenho, em comparação com 21% que estão focados no aumento dos gastos com a marca em 2023.
Maior flexibilidade também está sendo buscada, o que significa maior uso de plataformas baseadas em lances/leilões. Essa abordagem também permite que as marcas retenham fundos, caso as condições econômicas assim o determinem. Apenas 9% estão planejando aumentar a proporção do orçamento alocado para compromissos iniciais, de acordo com a pesquisa.
Fonte: MediaPost