Vamos recapitular a história cheia de intenções da Meta. Em 2020, a empresa adquiriu o Giphy por cerca de US$ 400 milhões.
Na ocasião, ela anunciou que integraria a biblioteca de GIFs ao Instagram e outras plataformas, possibilitando que as pessoas encontrassem maneiras adequadas de se expressar.
Agora, em 2023, a plataforma finalmente iniciou seus planos de integrar os GIFs ao Instagram, deixando os comentários super divertidos.
Aí, a Meta teve que vender o Giphy. Pois é.
A Shutterstock anunciou que firmou um acordo com a Meta para comprar a Giphy em uma transação que “consiste em US$ 53 milhões em caixa líquido pagos no fechamento”, o que significa que a controladora do Facebook recuperou apenas 13% de seu dinheiro.
A Shutterstock disse que espera que o acordo seja fechado no próximo mês, com a Meta também assinando um acordo comercial para continuar acessando o conteúdo do Giphy em seu conjunto de produtos.
O processo de venda do Giphy
O anúncio vem aproximadamente sete meses após a autoridade antitruste do Reino Unido emitir uma ordem final para que a Meta venda o Giphy, alegando que a fusão resultou em uma redução da concorrência dinâmica.
A opinião da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) era que a Meta poderia usar o alcance do Giphy para eventualmente ampliar seu domínio sobre o espaço de anúncios.
Inicialmente a venda teria sido exigida em novembro de 2021, mas o processo de apelação atrasou a resolução durante a maior parte do ano.
Os GIFs no reino dos “cringes”
Em setembro de 2022, a Meta fez um apelo de última hora ao CMA para tentar evitar uma venda forçada, a alegação foi:
[os gifs] saíram de moda como forma de conteúdo, com usuários mais jovens em particular descrevendo gifs como ‘para boomers ‘ e ‘cringe’.
No processo, a Meta alertou que o Giphy lutaria para sobreviver como um negócio independente e que havia poucos pretendentes em potencial para uma venda forçada.
Ainda assim, o pedido foi rejeitado. O que o que fez com que a Meta perdesse US$ 347 milhões na venda, já que a empresa não valia mais o que ela havia pagado na época da compra.
Os planos da Shutterstock
Recentemente, a Shutterstock tem se aventurado mais profundamente no campo da IA, fechando parcerias com a OpenAI e até mesmo com a própria Meta.
Os GIFs desempenham um papel significativo nessa jornada.
Após o anúncio de hoje, a empresa revelou que o acordo permitirá a expansão de sua biblioteca de conteúdo, incluindo GIFs e adesivos, para anunciantes e marcas.
Além disso, sugeriu que essa expansão também visa um mercado até então não explorado — os consumidores.
A Shutterstock afirmou que o acordo contribuirá para fortalecer sua crescente estratégia de “metadados e IA generativa”.
De acordo com o CEO da Shutterstock, Paul Hennessy, em um comunicado à imprensa:
Através da aquisição da Giphy, estamos ampliando nossos pontos de contato com o público além dos casos de uso de marketing e publicidade principalmente profissionais e expandindo para conversas casuais.
O Giphy permite que os usuários comuns se expressem de maneiras memoráveis com GIF e conteúdo de adesivos, além de permitir que as marcas façam parte dessas conversas casuais.
Planejamos aproveitar os recursos exclusivos da Shutterstock em monetização de conteúdo e metadados, IA generativa, produção de estúdio e automação criativa para permitir a comercialização de nossa biblioteca de GIFs à medida que lançamos esta oferta para os clientes.
Veremos como essa história se desenrolará e qual vai ser a evolução dos GIFs sendo aplicados às novas tecnologias daqui para frente.
Fonte: TechCrunch