A crise realmente está pegando no setor de tecnologia. A Microsoft anunciou esta semana a demissão de 10 mil funcionários em todo o mundo, 5% do quadro global de trabalhadores.
Ainda não é possível saber como os cortes afetam a operação brasileira. As demissões serão comunicadas até o dia 31 de março e a empresa se comprometeu a dar um aviso prévio de, pelo menos, 60 dias para todas as pessoas afetadas pelo corte e benefícios como plano de saúde por seis meses.
De acordo com o presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella:
Esses são os tipos de escolhas difíceis que fizemos em nossos 47 anos de história para continuar uma empresa nesta indústria que é imperdoável para quem não se adaptar a mudanças de plataformas.
Em julho de 2022, a Microsoft já havia demitido cerca de 1,8 mil funcionários – equivalente a 1% da empresa.
O corte acontece exatamente um ano após a Microsoft anunciar a compra da empresa de games Activision Blizzard, maior transação da história do mercado de tecnologia, um acordo de US$ 68,7 bilhões (por volta de R$ 354 bilhões).
Setor de tecnologia já registrou mais de 61 mil demissões nos EUA
O analista Dan Ives, da consultoria americana WedBush, em comunicado a investidores, ao falar das demissões da Microsoft, disse:
Esse é um momento de tirar o curativo para preservar margens e cortar custos, estratégia que Wall Street vai continuar aplaudindo enquanto as empresas navegam por essa tempestade econômica. Não se trata de um movimento inesperado, que acompanha a tendência do segmento.
Nos últimos 12 meses, cerca de 61 mil pessoas foram atingidas por demissões em massa em empresas de tecnologia dos EUA. No Brasil, em startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, chamadas de “unicórnios”, 4 mil foram demitidos.
A Amazon, por exemplo, fez duas rodadas de dispensas: na primeira, em novembro, foram demitidas 10 mil pessoas. Em janeiro de 2023, mais 18 mil vagas foram fechadas.
Já a Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, demitiu 11 mil em novembro.
O Twitter também fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo, após o bilionário Elon Musk assumir a companhia em novembro.
Fonte: Mercado e Consumo