Parece que a versão paga do Snapchat está sendo um grande sucesso para a empresa. O Snap anunciou que, desde o final de junho, quando lançou o Snapchat Plus, já acumulou um milhão de usuários.
A assinatura do Snapchat oferece aos usuários acesso antecipado a alguns recursos, como a versão do aplicativo para desktop – que foi o primeiro grande recurso para usuários premium – e ver quem assistiu novamente o seu Snap, tudo por US$ 3,99 ao mês.
A empresa introduziu a versão paga justamente por ter sido afetada, assim como outras empresas, pelas mudanças nas configurações de privacidade da Apple, que abriu um buraco numa maneira importante pela qual o Snap ganha dinheiro.
Por isso mesmo esse sucesso nessa versão “premium” da marca pode ser uma inspiração para outras plataformas como o Facebook e o Instagram, tendo em vista que o próprio Mark Zuckerberg já anunciou que a Meta tem enfrentado quedas consecutivas no lucro trimestral.
Será que a Meta lançará também versões pagas?
A gente tem visto o surgimento de várias versões premium de redes sociais, como o próprio Snapchat +, o Twitter Blue e o YouTube Premium, então onde está a Meta nesse mercado?
Em 2018, quando Zuckerberg teve que prestar depoimento ao Senado americano sobre o uso indevido de dados, quando questionado sobre a gratuidade do Facebook, ele respondeu que sempre haverá uma versão gratuita do aplicativo, mas que esperava que a Meta lançasse opções pagas, sem a veiculação de anúncios e com funcionalidades especiais para os assinantes.
Ou seja, se até mesmo antes de casos de sucesso como o do Snapchat acontecerem, já havia a intenção da Meta investir em uma função paga e sem anúncios do Facebook, agora aumentaram-se ainda mais as chances.
Por que me importar?
O fato de a Apple ter mudado as configurações de privacidade já dificultou demais para os anunciantes. Mas, você já pensou se plataformas como o Facebook e o Instagram lançarem versões pagas e sem anúncios?
Se a Meta optar por aderir a tendência de oferecer versões pagas das suas redes sociais, e, por isso, sem anúncios, será um impacto muito negativo aos profissionais que utilizam esses recursos para promover seus negócios na internet. Até porque as pessoas que assinam essas versões são as de maior poder aquisitivo, justamente o público que os anunciantes almejam para vendas.
Tendo em vista essas mudanças, os anunciantes devem organizar a estrutura dos seus próprios dados, com o intuito de não depender apenas das redes sociais e das big techs de tecnologia e marketing ao planejar as ações de divulgação de produtos e serviços e a veiculação de seus anúncios na internet.
As constantes mudanças nas questões relacionadas ao uso de dados dos usuários, deixa evidente que as marcas devem priorizar as necessidades do público, com conteúdo personalizado, seja para anunciar em redes sociais ou em outras plataformas, sem depender de tecnologias externas para automatizar a entrega de seus anúncios.