Depois de nossos feeds do Instagram e do TikTok serem ocupados por pessoas nos convencendo a comprar blusinhas, cursos, workshops e remédios para emagrecer, parece que um novo movimento está ganhando força: a ascensão dos anti-influenciadores.
Milhões, em todo o mundo, construíram carreiras influenciando-nos a comprar coisas, mas parece que, agora, mais e mais pessoas estão usando as redes sociais para dizer aos fãs o que não comprar.
As pessoas querem cada vez menos “gastar dinheiro à toa” e estão resistindo ao impulso de aproveitar as “tendências virais”.
Por que isso é importante?
Essa é uma ameaça real ao marketing de influenciadores.
Se essa moda pegar — e durar —, o mercado de influência, que movimenta cerca de US$ 16 bilhões nos Estados Unidos, pode enfrentar uma grande recessão.
A mídia social e o comércio se tornaram extremamente ligados. De acordo com a GWI, o número de consumidores americanos que pesquisam produtos nas redes sociais aumentou 45% desde 2015.
De acordo com a mesma pesquisa, a Geração Z — que está mais profundamente imersa no comércio social — tem 23% mais chance de fazer compras por impulso, enquanto tem 27% menos chance de gastar tempo procurando as melhores ofertas.
Comprar depois de ser influenciado geralmente leva a decisões precipitadas, por isso mesmo o perigo da ascensão do marketing de “desinfluência”.
E assim nasce uma recessão
De acordo com Chris Beer, analista da GWI, nós estamos vendo o comércio social passar por uma possível recessão pela primeira vez.
Os dados mostram que os interessados em influenciadores caiu 12% desde 2020, e o número que observa o “look dos famosos” caiu 16% desde então.
As pessoas não querem parecer que estão saindo e gastando dinheiro — diz Beer.
Qual o resultado disso?
Como resultado, os TikTokers estão apostando em vídeos virais listando produtos de maquiagem, produtos ou cursos que não valem o investimento.
Dessa forma, a hashtag #deinfluencing acumulou mais de 76 milhões de visualizações no TikTok.
@yasminsirino
Será que a tendência continuará em ascensão e teremos, realmente, que adaptar o mercado ao novo tipo de influenciamento? Essa é uma pergunta que só conseguiremos responder a algum tempo.
Fonte: Axios