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Já imaginou uma versão do Facebook ou Instagram sem anúncios?

Confira os impactos que as opções premium de redes sociais causariam para os anunciantes digitais

Founder do Pixeld, apaixonado por marketing, MBA/FGV, lançador desde 2014.

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Depois ter divulgado resultados inconstantes em fevereiro deste ano, a Meta continua enfrentando quedas consecutivas no lucro da empresa, o que representa um fato inédito na última década de atuação da companhia.

Em uma videoconferência interna da Meta, Mark Zuckerberg deixou claro que o Facebook passa pela pior crise já vista em sua história recente. Durante a reunião com funcionários, o CEO emitiu um alerta sobre a situação atual da empresa, que anunciou a redução das contratações e de recursos.

Além de reduzir as contratações para este ano, que passou de 10 mil para 6 a 7 mil, a Meta também tem enfrentado quedas consecutivas no lucro trimestral. O prejuízo foi de, aproximadamente, US$ 230 milhões em valor de mercado.

As mudanças nas configurações de privacidade do sistema operacional móvel da Apple, que passou a limitar a quantidade de dados compartilhados de seus usuários, vem causando um impacto negativo aos resultados da Meta, desde a sua implementação, iniciada em 2018. As informações eram coletadas pelo Facebook e Instagram, como rastreio de comportamento para a entrega de anúncios personalizados.

A atual situação do conglomerado americano de redes sociais, nos faz levantar hipóteses sobre as possíveis novidades que a empresa possa estar preparando para seus usuários, como atualizações dos aplicativos, inclusão de novas funcionalidades, versões pagas das redes sociais, e outras inovações.

 

Onde estão as versões Premium da Meta?

Com o surgimento de tantas versões premium de redes sociais, como o Twitter Blue, o Snapchat +, até exemplos mais antigos como o Youtube Premium, o que vem à tona é o motivo pelo qual a Meta ainda não lançou uma versão paga de seus aplicativos.

O assunto já foi comentado anteriormente pelo CEO da companhia, nos idos de 2018, quando Zuckerberg foi convocado pelo Senado americano a prestar depoimento sobre o uso indevido de dados, pela Cambridge Analytica, empresa britânica de análise de dados para fins comerciais ou políticos.

Na ocasião, o senador Orin Hatch questionou Mark sobre a gratuidade do Facebook. Em resposta, ele afirmou que sempre haverá uma versão gratuita da rede social e, desde então, espera-se que a Meta lance opções pagas, sem a veiculação de anúncios e com funcionalidades especiais para os assinantes.

 


Desafios para os anunciantes

Não é de agora que a Meta vem testando novos recursos de aplicativos concorrentes para se adequar aos formatos mais relevantes do momento. Prova disso são as inspirações nos vídeos curtos do TikTok, que deram origem ao Reels do Instagram, e o novo feed com imagens em tela cheia, que segue em fase de testes pela empresa.

Se a Meta optar por aderir a tendência de oferecer opções pagas para suas redes sociais, o lançamento dessas versões para Facebook e Instagram, pode causar um impacto negativo aos profissionais que utilizam esses recursos para promover seus negócios na internet, caso as propagandas sejam removidas.

Outro fator que dificulta a entrega de anúncios ao público-alvo, seja pelas redes sociais, e-mails ou outros meios, é o aumento da busca por conhecimento sobre o uso de dados compartilhados na internet. Esse interesse dos usuários determina sua capacidade de escolha sobre o compartilhamento de informações pessoais, tornando a jornada ainda mais desafiadora para os anunciantes.

Com isso, uma saída pertinente para as empresas é organizar a estrutura de seus próprios dados, com intuito de não depender apenas das redes sociais e das big techs de tecnologia e marketing, ao planejar as ações de divulgação de produtos e serviços e a veiculação de seus anúncios na internet.

Em uma entrevista ao site Meio & Mensagem, concedida em dezembro de 2021, Marcelo Pincherle, vice-presidente de operações da GDB, afirmou que as mudanças nas redes sociais trazem um impacto positivo:

Aos anunciantes, é uma diretriz que fará com que a comunicação seja mais saudável e positiva, buscando outras formas de se relacionar com este público-alvo, menos apoiada no uso intensivo de dados pessoais e no comportamento do usuário, acionando outros gatilhos que não sejam tão sensíveis – disse.

As constantes mudanças nas questões relacionadas ao uso de dados dos usuários, deixa evidente que as marcas devem priorizar as necessidades do público, com conteúdo personalizado, seja para anunciar em redes sociais ou em outras plataformas, sem depender de tecnologias externas para automatizar a entrega de seus anúncios.

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