No dia 14 deste mês, o Google publicou a sua política de uso proibido de IA generativa, documento que declara onde é permitido usar seus recursos de IA para criar conteúdo e informações.
As recomendações não são específicas para a pesquisa em si, mas pode ser um primeiro passo para um dia estar nas diretrizes para webmasters do Google.
As recomendações vêm antes que a empresa comece a expandir ainda mais seus recursos de IA.
Como você não deve usar os serviços IA do Google?
A empresa usa o documento para salientar que, ainda que os modelos generativos de IA possam ajudar a explorar novos tópicos, inspirar a criatividade e ensinar coisas novas, eles devem ser usados de maneira responsável e legal.
Assim, enfatiza que os serviços não devem ser usados para estes fins específicos:
1. Executar ou facilitar atividades perigosas, ilegais ou maliciosas
Os serviços de IA, de acordo com o Google, não podem ser utilizados em conteúdos e informações que facilitem ou promovam atividades ilegais e violações de lei; que possam prejudicar ou promover danos a alguém; e/ou representem abuso, dado, interferência ou interrupção de serviços.
Os exemplos dados pela empresa são:
- Promover ou gerar conteúdo relacionado a abuso ou exploração sexual infantil;
- Promover ou facilitar a venda ou fornecer instruções para sintetizar ou acessar substâncias, bens ou serviços ilegais;
- Facilitar ou encorajar os usuários a cometer qualquer tipo de crime;
- Promover ou gerar extremismo violento ou conteúdo terrorista;
- Promover ou facilitar a geração ou distribuição de spam;
- Gerar conteúdo para atividades enganosas ou fraudulentas, golpes, phishing ou malware;
- Tentativas de ignorar ou burlar os filtros de segurança ou levar intencionalmente o modelo a agir de maneira que viole as políticas da plataforma;
- Gerar conteúdo que promova ou encoraje o ódio;
- Facilitar métodos de assédio ou intimidação para intimidar, abusar ou insultar outras pessoas;
- Gerar conteúdo que facilite, promova ou incite a violência;
- Gerar conteúdo que facilite, promova ou encoraje a autoagressão;
- Gerar informações de identificação pessoal para distribuição ou outros danos;
- Rastrear ou monitorar pessoas sem o consentimento delas;
- Gerar conteúdo que possa ter impactos injustos ou adversos sobre as pessoas, particularmente impactos relacionados a características sensíveis ou protegidas.
2. Gerar e distribuir conteúdo destinado a desinformar, deturpar ou enganar
Este ponto é digno de nota, uma vez que destaca o uso das informações geradas pela IA e como usá-las de forma correta e ética.
De acordo com a empresa, é proibido utilizar as informações dadas pela IA nas seguintes situações:
- Deturpação da proveniência do conteúdo gerado, alegando que o conteúdo foi criado por um ser humano ou representando o conteúdo gerado como trabalho original, a fim de enganar;
- Geração de conteúdo que personifica um indivíduo (vivo ou morto) sem divulgação explícita, a fim de enganar;
- Alegações enganosas de conhecimento ou capacidade feitas particularmente em áreas sensíveis (por exemplo, saúde, finanças, serviços governamentais ou jurídico);
- Tomar decisões automatizadas em domínios que afetam direitos materiais ou individuais ou bem-estar (por exemplo, finanças, jurídico, emprego, saúde, habitação, seguros e bem-estar social).
3. Gerar conteúdo sexualmente explícito
Por fim, a empresa aponta que também é proibido utilizar os seus serviços de IA para gerar conteúdo sexualmente explícito, incluindo conteúdo criado para fins de pornografia ou gratificação sexual (por exemplo, chatbots sexuais).
O Google destaca que, neste ponto, não está incluído conteúdo criado para fins científicos, educacionais, documentais ou artísticos.
Em resumo, a postura mais recente do Google em relação ao uso de conteúdo de IA em seu site é que ele deve ser útil e valioso para os usuários, independentemente de ter sido gerado por uma IA ou por um humano.
O objetivo é fornecer uma experiência útil e positiva para os usuários que buscam informações relevantes na plataforma.