Por mais que pareça ter passado rápido demais, o ano está chegando ao fim. E, enquanto o final do ano se aproxima, começa a surgir a preocupação com o planejamento do ano que está por vir.
Isso não acontece somente com os profissionais autônomos, claro, as agências também começam a se planejar e analisar variáveis econômicas, projeções de mercado e as constantes mudanças no cenário global e local. É um período de reflexão profunda, no qual o mercado publicitário não fica alheio.
Sendo assim, é importante entender o que os grandes executivos do mercado estão planejando e quais são as principais frentes que eles “atacarão” logo no início do ano que vem. Dessa maneira, o Propmark fez uma entrevista com alguns executivos sobre os planos futuros de algumas das principais agências brasileiras.
Conforme vamos navegando por essas visões, descobrimos como a conjuntura econômica, as necessidades dos clientes e as crescentes questões sociais se entrelaçam para moldar o futuro do mercado publicitário. Por isso mesmo trouxemos alguns destaques dessas entrevistas, para te auxiliar no seu planejamento para 2024.
Estratégias flexíveis e personalizadas para atender às necessidades dos clientes
A primeira entrevistada pela Propmark foi a COO da Africa Creative, Carol Boccia.
De acordo com ela, eles estão trabalhando cada vez mais de perto com seus clientes, desenvolvendo planos adaptados às necessidades de cada um. Esse processo envolve a criação de planos anuais flexíveis, levando em conta o que faz mais sentido para cada conta.
Assim, após definir esses planos, eles somam todas as ações, considerando metas gerais da agência, como gerenciamento, desenvolvimento de pessoas, comunicação e ferramentas. Embora a agência tenha independência, ela também se alinha com grupos maiores dos quais fazem parte.
Dessa forma, as decisões estratégicas levam em consideração várias coisas:
Levar em consideração as condições atuais das contas, o contexto macroeconômico e eventosClique e veja os próximos Eventos de Marketing Digital... especiais (como, por exemplo, um ano olímpico) influencia nas nossas decisões estratégicas. O contexto de mercado, as necessidades dos clientes e questões sociais são fatores cruciais na formulação das estratégias da agência. Isso demonstra o compromisso da agência em estar atenta às mudanças e acontecimentos relevantes que possam impactar a comunicação e o marketing de seus clientes — diz a COO.
Quando se trata de ferramentas, eles usam plataformas de inteligência de negócios, como a “Omni”, que pertence ao Grupo DDB. Essas ferramentas ajudam a coletar e analisar dados, permitindo que as agências tomem decisões mais informadas.
Essa abordagem coloca os clientes no centro das estratégias, adaptando-se ao que eles precisam. Ela também mantém as agências atentas às mudanças do mercado e a como elas podem afetar o sucesso das estratégias de marketing. É um jeito prático e eficaz de garantir que os clientes obtenham os resultados desejados.
Um planejamento que considera pessoas e finanças
Planejar é essencial para o sucesso de qualquer empresa, e a entrevistada Tatiana Pacheco, COO da agência Cheil, que lidera esse processo por lá.
De acordo com ela, o primeiro passo é se alinhar com a equipe de criação para definir metas e premiações. Assim, em seguida, o foco deve estar na área de Recursos Humanos, em que são determinados os investimentos em treinamento e cursos para a equipe. A diretora financeira e outros líderes também participam do processo, garantindo que a empresa alcance suas metas financeiras e mantenha uma boa margem operacional.
Custos, taxas, projeções econômicas e expectativas de receita também são cuidadosamente analisados. E novas contratações estão ligadas à conquista de novos contratos, com um aumento esperado de cerca de 10%.
Na Cheil, o foco está em expandir para novas áreas de negócios, de acordo com a COO:
Seguimos focando em novas unidades de negócios, como automação de marketing, estúdio próprio para lives e 3D.
Isso demonstra o compromisso da empresa em inovar e se adaptar às necessidades do mercado em constante mudança.
Um bom planejamento para um bom agenciamento
Já de acordo com Fernando Taralli, CEO da VMLY&R, as agências de comunicação têm uma abordagem estratégica para planejar seu ano, baseada nas expectativas para o portfólio de clientes. Isso envolve tanto as marcas já atendidas quanto novos negócios que podem surgir.
Sendo assim, o processo de planejamento começa por volta de agosto, com análises detalhadas feitas pela equipe de negócios. Isso orienta as operações e investimentos em diversas áreas. Eles consideram o cenário econômico e as metas de crescimento dos clientes.
Além disso, eles focam em áreas de investimento, incluindo inteligência artificial, softwares de mídia e gerenciamento de influenciadores, bem como talentos e marketing. O feedback do conselho da agência é crucial para essas decisões, e eles mantêm um diálogo constante para avaliar o potencial de crescimento tanto dos clientes quanto do próprio negócio.
A situação econômica tem um papel importante nesse processo:
A conjuntura tem peso preponderante, pois, se o cenário do negócio do cliente for recessivo, temos de pensar num leque de soluções, focados em ROI com menor investimento, porém com grande impacto, no caso de cenário de expansão, como crescer, apoiando de forma estratégica, trazendo soluções que assegurem a obtenção do resultado — afirma o CEO.
É um planejamento flexível e adaptável que busca sempre atender às necessidades em constante mudança dos clientes.
Planeje o seu sucesso de 2024
O planejamento anual das agências de comunicação é um processo estratégico que envolve flexibilidade, adaptabilidade e um foco constante nas necessidades dos clientes. Com base nas entrevistas com os principais executivos do setor, fica claro que as agências estão comprometidas em oferecer soluções inovadoras, investir em talentos e se manter atentas às mudanças do mercado.
À medida que o próximo ano se aproxima, essas estratégias personalizadas e orientadas para o cliente garantem que as agências estejam preparadas para enfrentar os desafios e oportunidades que surgirão. O sucesso no planejamento do próximo ano depende, em última análise, da capacidade das agências e dos profissionais de se adaptarem e evoluírem para atender às demandas em constante mudança do mercado.
