O Spotify liberou o upload de vídeos para os criadores de podcasts do Brasil, Alemanha, Espanha, França, Itália e México. O recurso já estava disponível, desde abril, em países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelândia.
A plataforma de áudio decidiu expandir a funcionalidade para novos países pelo reconhecimento da criatividade dos produtores de podcasts, que aguardavam ansiosamente pela disponibilidade do recurso em mais localidades. No entanto, as transmissões ao vivo ainda não foram habilitadas pelo Spotify.
De acordo com Javier Piñol, diretor do Spotify Studio na América Latina e US Latin, os consumidores dos Estados Unidos demonstraram grande interesse em ver a real expressão dos podcasters enquanto conversam com seus convidados. Antes do lançamento, a empresa realizou testes da ferramenta por um ano.
Nos Estados Unidos, as nuances que em um determinado momento de uma conversa podem acontecer, o sorriso oculto e o sorriso irônico têm um valor para o consumidor. Nós testamos essa ferramenta e teve um ótimo desempenho – revela Piñol.
Os usuários de todos os planos do Spotify, podem optar por assistir aos vídeos em primeiro plano e em tela cheia, ouvir apenas o áudio ou alternar entre os dois formatos, em qualquer tipo de playerClique e conheça a história dos grandes nomes do Marketing..., como aplicativo, desktop, SmartTVs e consoles de videogame.
Ao subir um novo programa no Anchor, plataforma gratuita de distribuição de podcasts no Spotify e outros agregadores, o criador de conteúdo também terá a opção de incluir vídeos para os programas disponibilizados anteriormente. Dessa forma, os criadores poderão alcançar maior audiência e, ainda, obter uma nova fonte de renda, através da monetização do canal.
Outra novidade para os produtores de conteúdo, é que, agora, os podcasts contam com uma caixa de perguntas, que possibilita uma maior interação com os ouvintes.
Por que o Spotify decidiu focar em vídeos
Em uma entrevista concedida o site Meio&Mensagem, o diretor do Spotify Studio, Javier Piñol, ressaltou o interesse em investir nos recursos de vídeos e disse que a plataforma valoriza a ideia de oferecer maior flexibilidade aos criadores, já que nem todos necessitam das mesmas ferramentas para se comunicar.
Apesar disso, alguns criadores recusaram a ferramenta de vídeos para seus podcasts, pois preferem manter a privacidade, afirmando que gostam do fato de ninguém estar assistindo suas produções, mas apenas ouvindo.
Segundo Piñol, o Spotify está buscando desenvolver soluções suficientes para todos os usuários, possibilitando a escolha do formato que melhor se encaixar com as habilidades, capacidades ou gosto na hora de criar conteúdo.
O crescente interesse dos usuários em consumir vídeos pela internet e a forte concorrência com o Youtube são fatores que podem ter contribuído com a iniciativa de incluir vídeos no Spotify. Em um post publicado no Medium, o blogueiro Richard Liu fez uma comparação entre o faturamento das plataformas de vídeo e o Spotify.
Em 2019, o Youtube gerou mais de US$ 15 bilhões, enquanto a Netflix alcançou a marca de US$ 20 bilhões. O Spotify, por sua vez, obteve receita de US$ 7,44 bilhões no mesmo ano. A Technavio, empresa britânica líder em pesquisa de mercado, estima que, até 2025, o mercado de conteúdo de vídeo aumente em US$ 327,19 bilhões, com uma taxa de crescimento de 14,31% ao ano.
