É o fim do home office? Para algumas pessoas nos Estados Unidos sim.
Mais da metade dos trabalhadores nas principais cidades dos EUA foram ao escritório em janeiro de 2023. É primeira vez que as taxas de ocupação nos escritórios ultrapassaram 50%, em relação ao que tinham antes da pandemia.
O índice de ocupação de escritórios, monitorado em 10 grandes cidades americanas, aumentou 0,9 pontos percentuais, para 50,4% na análise feita até 25 de janeiro, de acordo com a empresa de segurança Kastle Systems. Todas as cidades rastreadas pela empresa – incluindo San Francisco, Chicago e Austin, Texas – atingiram níveis de retorno ao escritório de 40% ou mais, também pela primeira vez após a pandemia.
Segundo especialistas consultados pela Bloomberg, ultrapassar a barreira de 50% de ocupação em janeiro de 2023 será, certamente, um dado comemorado por líderes empresariais e investidores, que, buscando uma maior produtividade e controle de suas equipes, pressionavam por mais comparecimento no escritório.
Ao mesmo tempo, esse retorno chega muito mais tarde do que a maioria dos especialistas esperava, mostrando que o home office é uma característica que veio para ficar no mundo empresarial.
Home office: o que pensam empresas e funcionários
Elon Musk é uma das pessoas mais lembradas quando o assunto é ser “anti home office”.
Em junho do ano passado, dono da Tesla e do Twitter, ordenou que os seus colaboradores “parassem de fingir que trabalham em casa” e retornassem aos escritórios da empresa. Musk chegou a dizer que eles deveriam “passar no mínimo 40 horas no escritório por semana” e não em “algum pseudoescritório remoto”. Disse ainda que, se eles não voltassem para o escritório, a Tesla “irá presumir que você se demitiu”.
Apple e Google também “decretaram” o fim gradual do trabalho remoto em suas empresas.
Já no Brasil, o modelo híbrido é, por enquanto, um formato que está liderando na maioria das empresas, em suas áreas de escritório. O formato que alterna dias de trabalho em casa e idas ao escritório é realidade para 56% dos profissionais brasileiros, de acordo com um estudo recente do Google Workspace em parceria com a consultoria IDC Brasil.
De acordo com um estudo feito pela Revelo, 79,1% dos funcionários considera que o trabalho remoto é o melhor formato para atuarem. As projeções indicam que o modelo de home office veio para ficar, e que deve representar cerca de 30% dos cargos no pós pandemia.