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YouTube quer dar um xeque-mate no TikTok. Mas será que vai dar certo?

YouTube está indo com tudo contra o TikTok (e contra a Meta). E, nessa guerra, quem pode ganhar é o creator.

Empreendedora, especialista em lançamentos digitais, sócia da agência Youni e co-fundadora da Pixeld.

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Este texto foi produzido por um de nossos colunistas convidados. Os comentários, análises e opiniões expressos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do Pixeld ou de seus controladores.

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O YouTube está preparado para atacar o TikTok e mostra que tem ferramentas para isso. E nessa guerra, quem será que ganha?

Na minha opinião, quem ganha em toda essa história (que ainda tem a Meta, não se esqueça), é o criador de conteúdo.

Digo isso com base nas ações que as redes tem tomado e que, finalmente, estão favorecendo muito aqueles que vivem de criar conteúdos, como o Sérgio já comentou aqui.

Um dos melhores exemplos disso é o próprio YouTube que, como parte do seu esforço para dominar a tendência dos vídeos curtos, anunciou que fornecerá opções de monetização mais diretas para os criadores de Shorts.

De acordo com o YouTube:

A partir do início de 2023, criadores de conteúdo focados em curtas podem se inscrever no Programa de Parcerias do YouTube ao atingir um limite de 1.000 inscritos e 10 milhões de visualizações de curtas em 90 dias. Esses novos parceiros desfrutarão de todos os benefícios que nosso programa oferece, incluindo as várias maneiras de ganhar dinheiro, como anúncios em formato longo e financiamento por fãs.

 

A monetização dos Shorts

A monetização dos Shorts é complicada justamente por não conseguir adicionar anúncios dentro dos vídeos de 60 segundos, como se faz com os vídeos longos, por exemplo.

Por mais que o YouTube já tenha criado um fundo de recompensa, que dedica US$ 100 milhões aos criadores mais criativos e originais da plataforma, ainda não era o suficiente.

Dessa forma, o YouTube estabeleceu um novo processo por meio do qual acredita que pode fornecer uma divisão equitativa da receita.

Nos Shorts, os anúncios são exibidos entre vídeos no Feed de Shorts. Assim, todo mês, a receita desses anúncios será somada e usada para recompensar os criadores de curtas e ajudar a cobrir os custos de licenciamento de músicas. Do valor total alocado aos criadores, eles ficarão com 45% da receita, distribuída com base em sua participação no total de visualizações dos Shorts. A participação na receita permanece a mesma, não importa se eles usam música ou não.

Portanto, não é uma monetização direta, mas sim um conjunto combinado de receita que será dividido com base na contagem de visualizações do vídeo. O que efetivamente acaba sendo a mesma coisa – embora adicione uma complicação extra no processo, com o YouTube a intervir e controlar os valores dos pagamentos.

 


YouTube Partner Program (YPP)

A divisão de receita de 45% é diferente da parcela de receita já comum do YPP, que aloca 55% da receita geral de anúncios aos criadores.

A vice-presidente de produtos para criadores do YouTube, Amjad Hanif, diz que:

A maioria das pessoas que estão no short-form hoje está ganhando através de um fundo fixo, e um fundo fixo não compromete uma porcentagem específica para o criador. Na verdade, cabe à plataforma determinar a cada mês como eles vão dividir isso […] Em resumo, vamos compartilhar com todos os criadores que fazem parte do feed. Como parte disso, isso significa espalhá-lo por todos os criadores, seja logo antes do anúncio ou três vídeos antes do anúncio. Shorts também é uma área em que estamos investindo muito tempo de produto e engenharia em coisas como ferramentas de criação, além de confiança e segurança. E assim, parte dessa participação de giro está ciente do investimento que precisamos fazer.

Assim, devido aos cursos adicionais em desenvolvimento e licenciamento de música em particular, o YouTube está tendo um corte maior, embora 45% ainda seja bastante significativo e provavelmente  se tornará ainda mais lucrativo à medida que mais anunciantes buscam aproveitar os Shorts tendo em vista que estão sendo muito bem visualizados.

 

A estratégia do YouTube

À medida que o YouTube dá mais ênfase ao conteúdo de formato curto, mais anunciantes estarão prestando atenção. Com a empresa construindo o seu inventário de anúncios em vídeos curtos, claramente haverá muito dinheiro envolvido, o que pode tornar o YouTube o destino de escolha para produtores de conteúdo que desejam ganhar dinheiro real com seus vídeos.

E aí eles batem de frente com o concorrente, o TikTok, já que os criadores desta estão se mostrando insatisfeitos com os pagamentos em constante declínio do Fundo para Criadores do TikTok.

No YouTube, o financiamento adicional dos Shorts acrescentarão a receita geral, que já pagou mais de US$ 50 bilhões aos criadores nos últimos três anos.

Com o aumento da contagem de visualizações que pode ocorrer devido a esse financiamento, isso pode fazer com que o YouTube ultrapasse o TikTok como a plataforma de escolha para muitos produtores em ascensão.

É muito provável que o TikTok siga o caminho desse novo programa, a Meta também não deve ficar para trás, ambos procurarão lançar modelos de monetização semelhantes. Mas temos uma certeza: as pessoas seguirão o dinheiro. O YouTube, no momento, é o lugar certo a esse respeito.

 

Ainda tem mais

Além do financiamento específico para Shorts, o YouTube também está reduzindo seus limites para se qualificar para a monetização via YPP, o que dará a mais pessoas acesso a elementos de “presentes de fãs”, incluindo o SuperThanks e o SuperStickers (incluindo criadores de Shorts), enquanto também está desenvolvendo novas formas de financiamento para streamers ao vivo.

Em conjunto, os novos anúncios solidificam a oferta de monetização do YouTube e estabelecerão rapidamente uma nova referência para o setor mais amplo em monetização de vídeos de formato curto.

Contudo, depois desse anúncios, outras plataformas também podem fazer isso tão bem quanto o YouTube e oferecer o mesmo nível de financiamento. Isso significa maximização de ganhos para os criadores.

Será interessante ver, daqui pra frente, como as outras plataformas reagirão a essa tacada do YouTube.

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