A Merkle, empresa americana de gerenciamento de experiência do cliente orientada por dados, divulgou, na semana passada, o Relatório de Mídia de Desempenho, realizado trimestralmente. A pesquisa mostra como os profissionais de marketing têm lidado com os impactos da inflação nas estratégias de anúncios online.
O documento é elaborado com base na análise de canais de mídia de desempenho, os quais revelam os investimentos das corporações em anúncios, as prioridades dos profissionais da área e os principais desafios enfrentados pelas empresas.
De acordo com Patrick Hounsell, líder de ativação global da Merkle, o relatório fornece um ponto de partida para a criação de estratégias eficazes, como oportunidades expressivas e inovadoras, que contribuem para uma melhora no desempenho das ações publicitárias.
Embora tudo, desde a inflação até a pandemia, tenha contribuído para ao estado atual dos canais de mídia pagos, este relatório ajuda a revelar oportunidades significativas para atender e superar as expectativas dos clientes – explica Hounsell.
Entre os destaques da pesquisa, disponível aqui, estão a priorização de estratégias focadas no público-alvo, promovendo experiências únicas aos clientes, a necessidade de marcas estarem atentas às regulamentações de dados de privacidade e o uso de ferramentas de automação e Machine Learning.
Principais tendências para o bom desempenho dos anúncios online
O relatório da Merkle apresenta as principais tendências para que sua campanha tenha resultados positivos. Confira abaixo:
- Criatividade, análise e medição: os profissionais de marketing devem priorizar esses três ingredientes para entender o comportamento do consumidor e criar a estratégia que promoverá a experiência mais indicada para o perfil.
- Privacidade de dados: item de extrema importância e um dos principais tópicos de discussão da atualidade, devido às mudanças nas regulamentações de privacidade dos usuários. Apesar da relevância, 24% das empresas ainda estão no início da implementação dessas práticas.
- Machine Learning e automação: empresas tem investido em ferramentas de inteligência artificial e automação, os quais permitem alcançar o público com maior eficiência e a otimizar os anúncios pagos.
Desafios da inflação e as oportunidades no Brasil
O esforço para a conversão de leads, através do tráfego pago, tem sido enorme, já que a alta da inflação impacta em diversos aspectos da vida das pessoas, como no seu poder de compra, por exemplo.
O cenário de retração econômica mundial, tem levado os profissionais de marketing a se adequarem às necessidades dos clientes e inovar em suas estratégias, para promover experiências marcantes aos consumidores.
No Brasil, uma alternativa para alavancar as vendas na internet, é apostar em marketplaces já conhecidos pelo grande público, como Mercado Livre, Magazine Luiza e outros. Nesse caso, o empreendedor paga pelo produto vendido e o investimento em tráfego fica por conta da bandeira escolhida.
A flexibilização das medidas de restrição e a retomada das atividades econômicas no país tem impulsionado a escolha desse modelo de negócio, o qual obteve um considerável crescimento, desde o início da pandemia. A tendência é de que as vendas permaneçam com curva ascendente.
De acordo com dados da Neotrust, empresa brasileira de inteligência de dados do T.Group, o setor cresceu de forma expressiva, em 2021, mesmo com as incertezas da pandemia, a alta taxa de desemprego e da inflação, representando 15,4 milhões de novos consumidores atraídos pelas vantagens do e-commerce.
Outros fatores contribuem para que empreendedores troquem lojas virtuais próprias ao marketplace: 95% da visibilidade da marca vem dos shoppings online, contra 5% a 10% do site próprio, além do uso da logística de entrega da plataforma, garantindo um valor de frete mais competitivo.
