Na última sexta-feira (16), ocorreu o Google Search Live Tokyo, em que Gary Illyes — analista de pesquisa do Google — e outros representantes da empresa compartilharam novos insights sobre as abordagens e recomendações da plataforma sobre conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA).
Sendo assim, o especialistaClique e conheça a história dos grandes nomes do Marketing... em marketing de busca japonês Kenich Suzuki, que apresentou no eventoClique e veja os próximos Eventos de Marketing Digital... em Tokyo, resolveu compartilhar, em uma postagem em seu blog, o resumo de alguns insights do evento.
As novidades trazidas por Suzuki reforçam o que já é conhecido e documentado sobre visão do Google para conteúdos gerados por IA: o que importa é a qualidade e utilidade deles.
No entanto, é interessante entender melhor como é classificado esse tipo de conteúdo dentro da Pesquisa.
É necessário rotular o conteúdo gerado por IA?
Do ponto de vista do Google, não é necessário rotular explicitamente o conteúdo gerado por IA, já que é a natureza do conteúdo que passa por avaliação.
Mas não precisar, não quer dizer que você não pode rotular. Na verdade, o que eles pedem é o bom senso dos editores, já que partem do pressuposto de que as pessoas não só copiam e colam o texto integral fornecido pela IA:
A publicação de conteúdo gerado por IA como está é desencorajada. IA não escreve necessariamente apenas informações corretas. Deve ser publicado somente após revisão humana.
O mesmo vale para o conteúdo traduzido. Ele é revisado por alguém familiarizado com o idioma e o tema do conteúdo antes de ser publicado.
Os documentos na Central de Pesquisa também são traduzidos por máquina, mas são publicados após serem verificados por humanos. [tradução livre do texto em japonês]
E o Google atualmente recomenda (mas não exige) que os editores rotulem imagens geradas por IA usando metadados de dados de imagem IPTC, acrescentando que as empresas de IA de imagem em um futuro próximo começarão a adicionar os metadados automaticamente.
O conteúdo natural é classificado no topo da Pesquisa
Um dos comentários mais interessantes do Google foi um lembrete de que seus algoritmos e sinais são baseados em conteúdo feitos por humanos para humanos e, por isso, classificarão o conteúdo natural no topo:
Algoritmos e sinais baseados em ML (aprendizado de máquina) estão aprendendo com o conteúdo escrito por humanos para humanos. Portanto, entenda o conteúdo natural e exiba-o no topo. [tradução livre do texto em japonês]
E se a IA puder simular EEAT?
EEAT — Expertise, Authoritativeness, and Trustworthiness (Especialização, Autoridade e Confiança) — é um conjunto de critérios importantes para o Google avaliar a qualidade de um conteúdo.
A plataforma busca fornecer aos usuários informações confiáveis e relevantes, por isso considera a expertise do autor, a autoridade da fonte e a confiabilidade do conteúdo ao classificar as páginas nos resultados de pesquisa.
Sendo assim, neste momento uma IA não pode reivindicar experiência em nenhum tópico ou produto.
Portanto, é aparentemente impossível para uma IA atingir o limite de qualidade para certos tipos de conteúdo que exigem experiência.
O Google respondeu que eles estão tendo discussões internas sobre isso e ainda não chegaram a uma política.
Eles disseram que anunciarão uma política assim que a definirem.
As políticas de IA continuam em evolução
À medida que nos deparamos com a disponibilidade crescente da Inteligência Artificial (IA) e suas limitações em termos de confiabilidade, estamos vivendo um momento de transição no mundo digital.
O próprio Google já lançou uma agenda de regulamentação da tecnologia, para que se encaixe melhor e mais eticamente no dia a dia da sociedade, além de apontar que as IAs são, ainda, passíveis a muitos erros.
Diante desse cenário, não é de surpreender que o Google atualmente enfatize a importância de os editores permanecerem atentos à qualidade de seu conteúdo.
Garantir a confiabilidade e a relevância do que é compartilhado continua sendo fundamental para fornecer uma experiência valiosa aos usuários.
Fonte: Search Engine Journal