Hoje em dia, vivemos em um mundo que está quase impossível andar pelas ruas e não ver as pessoas curvadas olhando os seus telefones. Mas você notou também o número cada vez maior de pessoas usando fones de ouvido? Mais pessoas do que nunca estão ouvindo. Ou seja, criando mais oportunidades para que sua marca seja ouvida em grande escala.
A crescente popularidade de podcasts, áudio social, mensagens de voz e novas tecnologias significa que o “som desligado” está sendo substituído pelo som “muito ligado”.
De acordo com a Kantar, 84% dos anúncios que eles testam globalmente contém música. Isso porque, de acordo com eles, a ausência de música pode tornar mais difícil a conexão com o seu público em um nível emocional.
Quer um ótimo exemplo disso? Você consegue imaginar as icônicas propagandas de Natal da Coca-Cola sem os jingles? Não teria a mesma emoção — e eles sabem disso.
Seus consumidores estão ouvindo?
Às vezes, essa é a resposta para essa pergunta. Se a música é uma parte essencial de sua publicidade, pense cuidadosamente onde você está colocando seu anúncio. Em algumas plataformas, o som é menos provável de estar ligado. Embora as legendas sejam comuns, você deve evitar esses ambientes se o anúncio não funcionar sem a música.
O banco de dados de testes de anúncios da Kantar mostra que 50% dos anúncios do Facebook contêm música, mas se sabe, com base nas métricas de comportamento, que cerca de 85% da visualização no Facebook é feita com o som desligado, tornando o gasto com os direitos musicais injustificado.
No entanto, se a música for essencial em seus anúncios no Facebook, a criação precisa incluir boas razões para persuadir o espectador a ativar o som. Se seu anúncio de TV usa música, e a campanha online se baseia nisso, é possível que os consumidores sejam incentivados a ativar o som se gostaram e se lembram dela ao ver o anúncio online.
A música desempenha um papel diferente em outras plataformas digitais. No YouTube, por exemplo, 80% dos anúncios incluem música — ainda de acordo com o banco de dados da Kantar. Ou seja, os anúncios por lá são geralmente ouvidos com o som ligado.
Já o TikTok é uma plataforma onde a colaboração criativa em grande escala está incorporada em sua natureza. O som é o elemento que une esses relacionamentos, tornando o TikTok uma plataforma com som, com a música no centro.
Eles gostam do que ouvem?
A música pode tocar nossas emoções de maneira muito diferente do estímulo visual sozinho. Vemos uma forte relação entre os consumidores que gostam da música em um anúncio e aqueles que sentem uma conexão emocional por meio da métrica de “sensação boa”. O banco de dados de testes da Kantar mostra um aumento de 63 pontos no fator médio de “sensação boa” entre aqueles que mais gostaram da música e aqueles que não gostaram.
Além disso, quando as pessoas gostam da música no anúncio, vê-se um aumento de 20 pontos na pontuação média de envolvimento quando a música também é bem conhecida.
A música também pode aumentar significativamente o apelo ao seu público-alvo, portanto, é importante garantir que eles a conheçam. Afinal, a música é um dos principais impulsionadores criativos da receptividade aos anúncios em todas as gerações.
Sua música funcionará para a sua marca?
A seleção de música para campanhas publicitárias é e deve continuar sendo orientada pela ideia criativa — Sir John Hegarty, fundador da Bartle Bogle Hegarty.
A música tem o poder de adicionar efeitos dramáticos e estabelecer um tom. O referido banco de dados também mostra que ela pode contribuir para chamar a atenção para sua marca, construir a imagem de sua marca e atuar como um indicador de marca futuro quando usada com frequência e criatividade suficiente para se tornar firmemente associada à sua marca.
O uso repetido da mesma música e a incorporação do nome da marca ajudam na associação
É importante garantir que a música não tenha sido amplamente utilizada antes, para evitar o risco de atribuição incorreta da marca. Precisa se adequar à imagem da sua marca e definir o tom certo — se a música estiver associada a uma banda ou músico específico, ela também se ajusta à imagem da sua marca?
Pense na acessibilidade no início do processo. Em média, a música representa cerca de 4% do orçamento de produção de um anúncio e o custo pode ser uma grande barreira. Porém, vale destacar que existem maneiras pelas quais o uso de música em seus anúncios pode funcionar para você economizar dinheiro.
Por exemplo, reutilizar o mesmo criativo, mas com uma nova música, pode economizar nos custos de produção e dar uma vida útil mais longa a um anúncio já bem-sucedido.
Outros fatores importantes a serem verificados ao selecionar a música incluem o uso e o estilo da música com o tipo de mensagem que você deseja transmitir. Quando a música também está ligada à mensagem do seu anúncio, isso ajuda a envolver o seu público.
Sua música combina com sua criatividade?
Garantir que a música combine com a estrutura e o tom do seu anúncio também é crucial. Deve envolver-se nos momentos certos – de preferência nos momentos que destacam a sua marca. A forma como a música é incorporada pode ter um efeito poderoso na experiência emocional geral de todo o anúncio.
O exemplo abaixo mostra o mesmo anúncio testado duas vezes com alterações na música. Ambos começam sem música e terminam com uma música alegre e alegre. Os diferentes estilos musicais no meio mostram o efeito que a música pode ter na experiência emocional do anúncio.
O que o futuro guarda?
As possibilidades de “fazer com que a sua marca seja ouvida” estão atualmente no topo de uma onda que pode ser benéfica para se manter à frente. As novas tecnologias — inclusive de inteligência artificial — estão criando um mundo mais centrado no áudio, pelo que as marcas podem agora desenvolver relações mais profundas com os seus consumidores através do som.
A superestimulação da mídia visual, à medida que mudamos de uma tela para outra, significa que chegar aos seus consumidores através da sensação adicional do som pode agora ser um passo importante a ser feito. Certifique-se de que seu público possa ouvi-lo.
A música é muito poderosa para contar uma história e pode ajudá-lo a quebrar limites criativos.
Fonte: Kantar
